sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Norte contra Sul


Um pouco de história

Gosto muito de fazer Bowies grandes. Sem qualquer sentimento idólatra ao Tio Sam, é uma das minhas predileções na carreira. 


E vejo isto como uma decorrência natural, considerando que parcela muito significativa do cabedal de conhecimento da nossa Escola Brasileira de Cutelaria Custom moderna, veio dos Estados Unidos. 


Isso se deu por meio do intercâmbio no início dos anos 2000, através da vinda de Jerry Fisk ao Brasil e também pela iniciativa de grandes cuteleiros brasileiros que passaram a frequentar alguns dos maiores eventos de cutelaria do mundo nos Estados Unidos.


E digo Escola Brasileira de Cutelaria com letras maiúsculas e com grande orgulho, pois alguns de nossos virtuosos e pioneiros cuteleiros desta época, desenvolveram técnicas, que hoje são "imitadas" por cuteleiros do mundo todo. Somos referência mundial em cutelaria!!!


Lavagens cerebrais culturais à parte, gosto muito do estilo da cutelaria norte-americana, pois a vejo como funcional e esteticamente atraente.



Dentre as diversas facas e estilos desenvolvidos naquele país, destaca-se a criação da mítica faca Bowie, que leva o nome do lendário Coronel do Exército James "Jim" Bowie, e que foi feita pelo cuteleiro John Black.

Retratação de James "Jim" Bowie,
com sua lendária e inseparável faca.

Este estilo foi popularizado durante a Guerra Civil Norte-Americana. Todo combatente que se prezava portava sua enorme Bowie, quase sempre clip point e muito comumente com guarda em S ou D.



Diversos museus mantém as peças e fardamentos, e especialmente fotografias da época, onde os Soldados exibiam orgulhosos suas enormes Bowies, o que mostra a importância destas facas para a sobrevivência dos combatentes.



Uma interpretação moderna!


Como não poderia deixar de ser, fiz logo de cara uma enorme lâmina com 13 polegadas de comprimento, larga e com uma ponta clip baixa.


Para o cabo, uma raridade: Marfim de Morsa, em tons creme, marrom e preto.


O padrão de aço damasco escolhido foi o ladder.


A guarda em formato de pétalas e forjada em S caiu perfeitamente bem ao conjunto, tanto que é uma combinação replicada por cuteleiros do mundo todo há mais de 150 anos.


Para afixar os pinos, usei dois pinos mosaicos, detalhes pequenos, discretos, mas que combinam muito com o estilo da peça.

Reeditando uma tradição.


"O Senhor é a minha força 
e o meu cântico;
e se fez a minha salvação." 
Salmos 118:14



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6 comentários:

  1. Ficou magnifica! A morsa caiu muito bem! Parabéns mais uma vez.

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  2. Linda demais, parabéns! Muito educativa a sequência de fotos e explicações históricas sobre o estilo. Um abraço!

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  3. EXCELENTE EXPOSIÇAO ,ME FEZ INTERESSAR POR SUAS PEÇAS!

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  4. Arnaldo k5 -Bernardo, você é o cara.sou apaixonado por facas desde criança. Sou marceneiro,coleciono há muitos anos, fabrico algumas peças mas me falta técnica.gostaria de ter umas aulas você para mim é o mago das facas ,seu admirador.Arnaldo J. Karkoski.

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  5. Bernardo , você é o cara , para mim é o mago das facas , sou marceneiro colecionador de facas desde criança . Fabrico algumas peças, mas me falta técnica, meus cabos são muito bons , gostaria de ter umas aulas com um mestre como você . Seu admirador Arnaldo J. karkoski (11)99861-1222 (claro)

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  6. Berardo, eu gostaria de saber mais detalhes sobre como fazer o aço damasco, rapaz fiquei apaixonado.Feliz 2016 com Deus Pai no coração..

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